Cap. 114
McQueen continua seu relato:
— Cambaleei até a agência e, após desmaiar bêbado e acordar coberto de vômito, convenci meus antigos parceiros a me deixarem ir atrás do homem que faltava.
— Era o mais novo deles, tinha por volta de dezessete anos e se chamava Edwin Thompson, primo de Grover e que suspeitavam estar escondido no rancho da irmã.
— Seguimos para o tal rancho onde a irmã, viúva, morava com a filha ainda pequena.
— Fomos eu, Martin e Thimoty, outro veterano da agência.
— Chegamos ao rancho, havia apenas uma casa modesta e um pequeno celeiro. A mulher nos recebeu na janela, sem querer sair da casa.
— Suspeitamos que o irmão estivesse com ela lá dentro. Enquanto eu e Thimoty fazíamos perguntas a ela, Martin foi contornar a casa.
— Ele mal fez a primeira curva e ouvimos um disparo. Corremos para onde Martin havia seguido e o encontramos com a mão no estômago ensanguentado. Ele não conseguia falar, mas apontou para o celeiro.
— Timothy cuidava de Martin enquanto eu corri para dentro do celeiro. Estava escuro lá dentro e cheirava a esterco, mato molhado e coisa queimando.
— De arma em punho, vasculhava o andar de baixo quando ouvi um ruído de arma engatilhando vindo da parte de cima.
— Disparei contra o teto e ouvi um gemido abafado. Fui em direção a uma escada para subir e quase fui acertado por um disparo vindo de cima. Atirei novamente e ouvi uma janela se abrindo.
— Subi a escada e vi um jovem cavalgando para fora do sítio com meu cavalo. Mas não havia rastro de sangue até a janela.
— Voltei-me para um monte de feno enquanto Timothy e a mulher entravam no celeiro.
— A mulher era viúva e morava com a filha. A menina estava escondida no feno. Não sei se Edwin sabia disso quando engatilhou sua arma. O que sei é que foi ela quem eu acertei.
— O sangue da menina escorria e pingava na parte de baixo do celeiro. Timothy me viu e perguntou sobre Edwin. “Ele fugiu!, respondi lacônico.
— Tim perguntou: “Você o acertou?”. Respondi apenas um “não”.
“E de quem é todo esse sangue?”, perguntou Timothy.